segunda-feira, 11 de julho de 2011

Como pode ser?

Olá de novo, meu 'nada' virtual,

Quis postar de novo, hoje estou inspirada. Ou não.
Iniciando, um trecho de uma música muito linda considerada por mim e por minha priminha linda:

"Como pode ser, gostar de alguém e esse tal alguém não ser seu?"
Amado - Vanessa da Mata

Pois é. Como pode ser isso? É tão dramático, mas ao mesmo tempo tão real.
Sabe quando você olha para uma pessoa, e nada é preciso para você perceber um dor dentro dela? São raras as pessoas que conseguem camuflar seus sentimentos muito bem. Considero-me uma delas.
Há de haver muita força no interior de uma pessoa para conseguir amar inexplicavelmente uma pessoa, ter de vê-la todos os dias e fingir não vê-la, fingir não se importar, e, nos momentos mais sombrios, relembrar os momentos passados com ela, lamentando. Se você é assim, você é forte. Mas não é uma característica que admiro. Admiro sim, mas não muito. Acho que os supostamente julgados fracos levam uma vantagem maior de viverem as coisas mais realmente, e não com as divisórias de superfície, interior e camuflagem, como eu.
É bem ridículo e dramático e, se querem saber, aqui vai minha opinião sobre o Amor.
Acho, convicta, que existem tipos de Amor.
Aquele Amor familiar, que você sente e troca com seus pais, tios, primos e etc., é infinito. Não significa que não pode ser quebrado, ferido. Eis aí uma característica triste do Amor: todos os seus tipos podem ser e facilmente são quebrados. A diferença é que, esse tipo de amor aqui é, digamos, mais 'fácil'.
Agora, aquele Amor entre duas pessoas, como casal, com certeza é o mais citado e mais perigoso. Nesse Amor, você percebe que você ama, desnaturalmente, ao contrário do Amor familiar, e por isso vive-o muito mais intensamente. Por isso, por qualquer coisa que aconteça que quebre este Amor, é muito mais difícil reparar o dano. Por isso é o Amor mais perigoso. É traiçoeiro, é antecedente de dor. Não considero uma coisa boa. Não esse tipo. Sabem por quê? Porque eu não vejo vantagem, privilégio nenhum em amar desse jeito. Você só se sente extasiado inicialmente, para depois só sofrer. Antes, durante e depois. Só tem sofrimento. Não sei nem porque distinguiram este tipo de Amor de sofrimento. Para mim, é inevitavelmente ruim vivê-lo.
Não nego, é inevitável gostar de amar. Mas quando se está ferido, se diz essas coisas que eu digo agora. Amar é importante, é bom, mas, na minha opinião, não traz muita felicidade. Valer a pena, vale sim. Mas para mim, o que é uma excessão momentânea da regra, é terrivelmente e traiçoeiramente torto de se viver.
Escrevo Amor, assim, com A maiúsculo, porque é de imensa e marcante importância na vida universal. Deixa feridas, e depois cicatrizes. Que bastam ser coçadas, e viram feridas de novo, como um ciclo eterno de sofrimento.
Eis aqui palavras de uma pessoa que está fria e duramente magoada internamente, portanto, não sigam essas regras nas vidas, só entendam como as coisas funcionam.
É de tal modo estranho que as coisas acontecem. Amar profundamente alguém e querer apagá-lo tentando gostar de alguém que nem se conhece, ou tentando até mesmo forçar um nada com nada, que no fim te dá a mesma sensação de sempre de que está faltando alguma coisa, e que infelizmente não conseguimos cumprir e fazer aquilo que aconselhamos a nossas amigas: Não precisar de ninguém para ser feliz, só de você mesma.
Conseguir é muito, muito possível. Mas, de modo recíproco, é preciso muita, muita força de vontade. Por qualquer coisa nos magoamos.
Nunca percam as esperanças, e se perderem, procurem-nas, alguma hora vocês vão achar.
Para terminar, aqui mais um trecho bonito para os sofredores:

"Algo não está faltando? Alguém não está sentindo a minha falta?"

Missing - Evanescence

Abraços, supostos leitores.

As Férias de um Adolescente Qualquer

Olá gente,

Nada melhor do que escrever um post ouvindo Summertime - Janis Joplin ao fundo.
Como puderam perceber, supostos leitores, minhas postagens passaram a ser mais ou menos mensais. Agora, talvez, com as férias do colégio, eu poste mais. Ou talvez não.
A questão é que eu prefiro escrever nos meus cadernos, com as minhas canetas e meus hidrocores, às vezes meus gizes de cera. Acho que a emoção sai mais lá. E são coisas que, não secretas, são minhas. E ninguém que for ler entenderá.
Por isso reservo espaços, um para cada tipo de coisa.
Aqui posto um certo tipo de superfície, mesmo sendo verdadeiro, enquanto nos cadernos há mais profundidade. São as minhas mãos, minhas letras e frases, parece que o sentimento sai junto com a tinta ou o grafite. Não é igual a teclar, embora eu goste muito disso também.
Modéstia à parte, pelo menos as poesias que escrevo, depois de relê-las, me orgulho muito. E não preciso de nada para provar isso. Acho, na minha opinião, que o que eu escrevo representa fielmente o que se quer transparecer. E quando não representa, deixa que o 'leitor' personifique as palavras, deduza, imagine. Mas eu sou suspeita. E também, é uma coisa que não interessa muito.
Fiz uma lista - o que é indiscutivelmente ridículo, até para o mais organizado dos organizados - do que fazer para tornar minhas férias boas.
Quero revolucionar com o possível que há aqui. Mas o chato é que o dinheiro move o mundo.
Dentre meus tópicos da lista, estão coisas bem radicais como pintar o cabelo de vermelho, fazer uma irresponsabilidade, fugir... Enfim, coisas de uma pessoa que se sente inevitavelmente presa.
Não que interesse à ninguém, mas pretendo, entre as coisas "normais": ler O Diário De Anne Frank, ver todos os Harry Potter's, ver vários filmes, sair, dentre outras coisas que são tão simples que não é nem um pouco necessário nem normal listá-las, porém, como citei, é uma característica de quem se sente preso. Adolescente como sinônimo, se preferirem.
É uma fase tão legal, tão propensa a tudo, tão tensa, tão intensa. Viver as férias - se é que se pode chamar míseros quinze dias de férias - proporciona uma expectativa tão grande em nós, até nos que não tem nem ideia do que fazer durante elas.
Pessoas fora de seu juízo perfeito em alguns milésimos de tempos, como eu, planejam dias extremamente felizes mas às vezes caem na tentação do choro! Pode ser muito ruim chorar, mas, particularmente, eu gosto. É como libertar uma cachoeira presa nos seus olhos.
Hoje, eu estou, digamos, uma "manteiga derretida". Chorei lendo históricos de MSN, depois chorei ouvindo músicas tristes, depois para finalizar o dia vi o filme Cartas para Julieta e sinceramente, puramente, morri em lágrimas. O pior de tudo é ter que aparecer com os olhos inchados para os pais, que acham que somos de pedra. Momentos tensos da vida, eis aqui.
Com qualquer coisa, em alguns instantes da juventude, nós choramos. Com uma música emocionante, um filme, um poema, uma conversa, ou até mesmo o silêncio sombrio dos momentos de reflexão.
Por mais que odiemos chorar, ficar tristes, podemos ter certeza que esses momentos são uns dos que vivemos mais intensamente. Fica sempre marcado.
Mas férias não são só isso. As minhas férias, pelo menos planejadas, devem ser perfeitas, numa mistura homogênea de rock n' roll, mudança profunda, livros e filmes. Com algumas pitadinhas de lágrimas e principalmente de sorrisos.
Aliás, é simplesmente o que um jovem é. Lágrimas e sorrisos. Sim, é de um modo geral que eu me refiro, pois cada jovem é um determinado jovem de um determinado jeito, de uma certa maneira própria.
Podemos ser rebeldes, podemos aceitar, podemos sorrir, podemos nem ligar. Mas acima de tudo, mesmo que algumas - poucas - vezes não acreditemos, podemos superar.
É isso, desejo a todos umas boas férias de julho!
Beijos,
Someone Alone! (=